Imagine o pior cenário possível:
(Sim, hoje eu tô só a Thália, dramática).
Você saiu para trabalhar e esqueceu a torneira do banheiro aberta, a pia encheu, transbordou, inundou o apartamento todo, chegou no hall e foi direto para o elevador. Queimando a placa do dito cujo. Enquanto a água verte pela sua porta o síndico liga, mas seu celular está no silencioso, já que está rolando uma reunião que não tem fim. Quando, finalmente, você retorna a ligação descobre que precisaram invadir seu Apê para acabar com a cachoeira que seu andar se tornou. Claro que nessa altura seus vizinhos, aqueles que você nunca viu, estavam furiosos. Pois, a água invadiu o apartamento deles também. Como se não bastasse o prejuízo na sua residência, tem o custo do conserto do elevador, o piso laminado do vizinho que estufou, entre outros danos causados pela água que não parava de jorrar. Como pagar todos os consertos? Com sua reserva de emergência. Como assim? Nunca ouviu falar desse salva-vidas antes. Calma, vamos explicar.
Reserva de emergência na prática
Reserva de emergência é aquele dinheirinho que você guarda todos os meses para coisas imprevistas. Como o desastre narrado anteriormente. Se você não tem uma, acabou de descobrir o porquê ela é tão indispensável.
Quando desejamos realizar alguns sonhos temos o costume de poupar para alcançar o objetivo, como economizar uma graninha para fazer uma viagem, ou para comprar a casa dos sonhos, entre outras coisas que consideramos importantes, mas não essenciais. Apesar de sinônimos, na nossa cabecinha: importante e essencial não são a mesma coisa. Vai entender!
A reserva de emergência, além de socorrer em caso de urgência, também pode ser um investimento de longo prazo, que vai te ajudar quando a aposentadoria chegar se os rendimentos não forem o suficiente para bancar seu padrão de vida. Enfim, a reserva de emergência é uma grana que devemos guardar para amparar gastos que não estavam previstos. Como uma enchente ou o apocalipse zumbi. As leis de Murphy estão aí para provar que a historinha contada no início é possível, ainda que não desejada!
Aliás, separamos um texto que explica a teoria de Murphy, além de apresentar diversos motivos para manter uma reserva de emergência.
Agora que já sei o que é reserva de emergência, quanto tenho que guardar?
Aqui nós indicamos a regra 50, 30 e 20. Onde 50% da sua renda é destinada aos gastos fixos como: aluguel, IPTU, luz, internet, água, alimentação, entre outros essenciais para nossa sobrevivência. Isso se você não morar numa caverna, claro!
Já os 30% são reservados para os gastos variáveis como cinema, roupa, material escolar, presentes, entre outros que são frequentes, contudo, não estão estabelecidos. Ou, como diria minha Mamy Poderosa “coisas que posso ficar sem que não vou morrer”. Apesar de estar morrendo por não ter comprado aquela brusinha tão linda!
Os 20% restantes vão para a reserva de emergência. Ahhhhaaaaaaaaaaa! Entretanto, como vivemos no Brasil, o país onde tudo pode acontecer, entendemos que ter 20% da renda disponível para fazer uma reserva é um tanto utópico. Mas, com planejamento é possível. No entanto, o essencial é separar um valor todos os meses para não ser surpreendida pela lei de Murphy.
Quais são as melhores opções de rendimento para a sua reserva de emergência?
Cofrinho
Quando pensamos em guardar dinheiro, a primeira coisa que vem em nossa mente são os porquinhos de cerâmica, memória afetiva que chama. Hábito infantil comum nos momentos que precisamos poupar para comprar um brinquedo novo ou gastar em doces. Que tempo bom que não volta nunca mais. Puxa Thaide!
Agora que crescemos não é uma opção. Mas, é uma alternativa lúdica para ensinar crianças a poupar dinheiro. Afinal, educação financeira precisa começar cedo.
Poupança
A poupança também é outra palavra que vem à mente quando pensamos em poupar dinheiro, porém, como já falamos em Por que a poupança não é considerado um investimento?, não é a melhor escolha para colocar sua reserva, embora melhor que não ter reserva. Entendemos que existe uma relação afetiva com essa alternativa, mas precisamos agir como mulheres espertas que somos!
Bancos digitais com rendimento com base no CDI
Primeiro, o que é CDI? O Certificado de Depósito Interbancário é a taxa cobrada por empréstimos interbancários. Isso acontece, pois, por determinação do Banco Central os bancos devem encerrar o expediente com saldo positivo, que significa, com mais dinheiro entrando que saindo. Quando as retiradas são superiores às entradas, o banco precisa pedir um empréstimo para fechar no azul, grana que vem de outros bancos.
Entendi, agora. Por que o CDI é uma opção melhor que a poupança?
Porque os bancos utilizam a taxa de CDI para definir quanto rende alguns tipos de investimentos. Por exemplo, em 2019 o CDI rendeu 5,9% ao ano, logo um investimento baseado em 100% de CDI rendeu 5,9% em 2019, enquanto a poupança rendeu 4,26% no mesmo período.
Dito isso, alguns bancos digitais, como o Nubank, tem conta digital que rende 100% do CDI. Sem contar que são menos burocráticos que os tradicionais.
Tesouro direto
É um programa criado em 2002 pelo Tesouro Nacional para permitir a aquisição de papéis do governo federal por pessoas físicas. Ou seja, o investidor empresta dinheiro para o governo. Por ser um investimento que não exige grandes somas, já que é possível começar com apenas R$30,00, além de oferecer liquidez diária, o CDI se tornou uma opção bem democrática. Sendo que diversas instituições financeiras oferecem essa opção de investimento.
CDB
Ou Certificado de Depósito Bancário, é um investimento de renda fixa, onde você empresta seu dinheiro para a instituição bancária, em contrapartida, os bancos pagam uma taxa de rentabilidade predefinida em contrato. Nessa categoria os valores para começar a investir são maiores que o Tesouro Direto, mas existem muitas opções a partir de R$1000,00.
Já falamos sobre algumas opções de investimento em Como começar a investir? O guia básico para iniciantes.
Quer começar uma reserva de emergência e não sabe qual a melhor opção de investimento?
Além de ler o artigo que indicamos acima, recomendamos nossa mentoria de finanças pessoais e a mentoria de investimentos. Que são realizadas considerando sua realidade e conhecimento financeiro. Afinal, estamos aqui para empoderar mulheres!
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